Num dos sonhos, uma pessoa (um intermediário de mulher/homem, talvez um andrógino) pede-me para que fotografe com minha câmera o momento de sua morte (uma morte planejada, na qual uma terceira pessoa com um revólver a mataria durante uma parte da celebração). Fitando a pessoa diante do pedido, questiono se a foto do momento da morte seria sua “obra final”, esta diz que sim. Relutante em fazê-lo, apenas digo que vou ajustar a câmera para foco contínuo, e esta concorda dizendo que tem de ser assim mesmo. Tal pessoa mais tarde está ao lado de outra que profere algum discurso ou acena (como se fosse uma passeata), aponto minha câmera de maneira inconsistente (sem conseguir enquadrar com estabilidade e distância coerentes) para registrar o momento. Pouco após o disparo é efetuado e a pessoa morre. (A cena talvez lembre ao assassinato de John Kennedy).
Luiz Fernando Zarth Filho
Blumenau, Brasil