DREAM 469

A cidade estava sob ataque de terroristas. Não sei com qual propósito. Eu sentia tudo aquilo com um sentimento de derrota e rendição. Eu, minha mãe e minha irmã mais nova estávamos de mãos dadas, olhando para a destruição no horizonte. Eles estavam chegando perto de nós e já tínhamos aceitado a morte. Senti tristeza por não poder viver uma vida completa ao lado delas. Quando eles se aproximaram de nós, falamos em coro que nos amávamos. Eu senti a bomba explodindo em mim e não senti dor, só uma sensação de afudamento e um gosto de sangue na boca. Senti a desintegração do meu corpo e o apagar da minha mente. Eu estava ansiosa por não existir mais. Mas então minha consciência voltou a despertar e eu sabia que não estava mais no plano material, apesar de tudo parecer como antes. Eu acordei em uma salinha. Tinha uns armários, uma TV de tubo, uma poltroninha. Tudo branco e aconchegante. Tinha vários DVDs, e eu sabia que eram minhas memórias, preu poder ficar assistindo na TV. Mas pra minha total decepção, eram só lembranças relacionadas aos esportes, e esse é o tipo mais sem graça, na minha concepção. Fiquei desesperada, querendo achar minhas memórias com o meu parceiro. Foi tão devastador pensar que eu não poderia mais vê-lo. Então, eu percebi que ali em uma mesinha, tinha um celular e a primeira coisa que eu pensei foi em ligar pra minha mãe e minha irmã. Minha mãe falou que anos já tinham se passado pra ela, mas sua fisionomia continuava absolutamente igual. O mesmo aconteceu com a minha irmã. Elas pareciam super integradas a tudo. Minha irmã me falou que dava pra ver todas as memórias pelo celular e eu fiquei super feliz por poder acessá-las.

M. Manna

Natal

Brasil

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