Conheci um americano bolsonarista e perguntei se ele tinha mais vergonha de ser americano ou de ser bolsonarista. Aí cansei dele e fui almoçar num restaurante vegano em Maceió e ele tava em ruínas, com barro caindo pelas escadas, comida pelo chão nos escombros, o teto, parede, tudo caverna, tudo barro, tudo escuridão, no canto uma pilha de pizzas que seriam comidas depois por alguém, brócolis, azeitona, aí o garçom, com uniforme de garçom, falou: desculpe senhora, já fechamos por hoje, mas te acompanho até a saída. E ele veio abrindo uma sombrinha e me deu a mão e foi me levando como uma dama no meio de toda a lama e pedras até a saída.
São Paulo
Brasil