Eu estava na varanda da casa que morei com a família na adolescência, veio pelo ar um corona vírus grande e preto do tamanho da minha mão. Eu, com muito medo, bati nele, para que não chegasse perto de mim. Ele se desmanchou em milhares de gotículas. Eu tive que prender a respiração e entrar dentro de casa. Ao entrar, chorei muito muito. Eu não devia ter batido nele! Eu devia ter pego e guardado… Eu poderia deixá-lo inteiro que ninguém iria respirá-lo.
Suely Farhi
Rio de Janeiro
Brasil