DREAM 191

The following description is in portuguese: Meus sonhos costumam ser monocromáticos, lentos, pouco vívidos. Raramente sonho com algo surreal, que distorce com as leis da natureza. Na madrugada do dia 06 de abril de 2020, em meio à pandemia de coronavírus, sonhei que o mundo vivia um experimento social elaborado pela CIA. Lembro que havia alguma relação com a FORD e com uma logomarca, repleta de mensagens subliminares, que estampava o acrônimo “TOP”. Esse experimento, ou plano, foi elaborado e comandado por uma única pessoa, que reuniu diversas outras, senão toda a humanidade, em um fábrica, para participarem de uma simulação. Essa fábrica era repleta de tubos, tobogãs, pelos quais as pessoas escorregavam e adentravam no experimento. Lembro que tinha consciência do que acontecia. Durante a lavagem cerebral, sabia que, eventualmente, iriam apagar minha memória. Eu iria esquecer que estávamos sendo programados para passar por uma crise e que tudo seria registrado. Esquecer da fábrica, do agente da CIA e das mensagens subliminares por trás do marketing da “TOP”. O experimento tinha quês de sadismo: quando a crise acabasse, nós receberíamos relatórios que mostrariam como fomos responsáveis, individual e coletivamente, por tudo o que aconteceu. Aflito, percebi que as pessoas ao meu lado sucumbiam ao esquecimento, mas eu não. De repente acordei e decidi anotar esse sonho. (Essa talvez seja a parte que eu mais lembre do sonho. Recordo que, antes de entrar na fábrica, estava sonhando outra coisa. Tenho esse hábito de emendar sonhos uns nos outros. Sonhei que estava jogando um jogo com um amigo – esse amigo existe na vida real – e outras pessoas. Ele fez algo que não gostei, e desisti da partida. Quando isso aconteceu, percebi que estava em um bar que desrespeitava a quarentena.)

Marcos

Santos

Brasil