Em uma cidade local a população sitiava vive nos subterrâneos sob um rigoroso sistema de controle e opressão. Alguns são falsamente favorecidos. Eu e meu amigo recebemos senhas e devemos nos dirigir pelos corredores a um determinado lugar. Ao passarmos pelos guardas eles conferem os números que recebemos 5 e 6; ao olhá-los passamos por fora da catraca, mas um sorriso pernicioso nos diz que estamos sendo enganados. Esperamos o elevador chegar. Sentimos a falta de dois colegas. O elevador está chegando ao andar. Se todos não estiverem ali, os ausentes e os responsáveis por nós pagaram. A cena se volta para aqueles que é responsável por nós (chefia?). É um antigo psicólogo obeso. Capa de gordura para queimar. Ele está em outro local do subterrâneo, encostado numa parede de pedra onde jorra uma pequena cachoeira. A medida que o tempo avança com a chegada do elevador, ele sente a pressão de sua condenação. O elevador chega. A porta se abre. Nós lamentamos pelos colegas. O corpo do responsável implode e toda sua gordura se espalha. Os pedaços são levados pela água. A cabeça ainda ligada a parte do braço se estende para apontar ou pegar algo. Penso no sonho: um talento perdido para a submissão. Muito inteligente mas sucumbiu.
Taubaté
Brasil