DREAM 106

Eu e um amigo jornalista estávamos em um cenário de Exterminador do Futuro, onde havia uma mesa, com uma máquina de datilografar e, ao redor, todo tipo de entulho, cacos, pedaços de concreto, etc. Éramos de alguma espécie de ‘resistência’: ele deveria escrever um manifesto e, para isso, eu deveria ensiná-lo a usar a máquina de datilografar… Fui lhe mostrando como mexer no carrilhão, levantar e descer teclas, colocar a fita, dar espaço; ele pegou tudo rápido e começou um tac tac frenético, cumprindo sua tarefa. Depois, eu já estava em uma paisagem urbana e procurava por um bar muito famoso, na minha cidade. Ao chegar ao local, constatei que estava fechado e, muito assustada, me dei conta de que estava na rua, quando deveria estar em casa, cumprindo a quarentena. Repetidas vezes eu me dizia isso, quase aos prantos, até que encontrei um grupo de jovens e perguntei a eles qual o melhor caminho para chegar ao meu endereço. Quando consegui entrar no prédio onde moro e colocar a chave na fechadura, ela simplesmente se transformava em um buraco, grande para a espessura da chave, mas pequeno para minha passagem, de forma que eu não conseguia entrar em minha própria casa. Acordei repetindo, agora já num choro convulsivo: ‘Eu não podia ter saído! Eu não podia ter saído!’

IARA FERNANDES

Uberaba

Brasil

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