Tinha uma fronteira invisível entre a cozinha e a sala. Meu sobrinho de 9 anos tentava passar mas era impedido por umas vozes confusas e sobrepostas que iam anunciando novos números e uns gráficos coloridos que iam sobrepondo a imagem. A porta estava aberta e ele olhava o resto da família que estava na sala. Não tinha nada concreto que impedisse a passagem, só uma lei que vinha das vozes e gráficos. Ele de um lado e o resto da família do outro, discutiam sobre burlar ou não a lei. Ele achava que sim, que se passasse rápido ninguém ia ver, mas os outros estavam apavorados e pediam pra que ele passasse comida e álcool gel pela porta sem se aproximar muito.
CAXIAS DO SUL
BRASIL